sexta-feira, 20 de outubro de 2017


DO QUE NÃO HOUVE

Não pode haver dor no que passou
A carne arrancada
É adubo
Torna-se vida
O grito 
Está no desejo 
Do que não houve
No limbo das coisas inexistentes
Da imaginação abortada
Ante impossibilidades
O grito
E depois o silêncio
Do que não pode ser dito

Lécia Freitas


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