Nesse tempo tenebroso e sombrio, tenho buscado conhecimento. Busco autores que podem me ajudar a entender o sentido da vida. Em todos os credos e até em quem nem crê no Divino, apenas na força de cada um, no vital. Apesar da diversidade de religiões e culturas a conclusão é a mesma.
Tenho visto falar muito na fragilidade humana. Mas eu não concordo. O ser humano não é frágil. Alguns podem sucumbir às vicissitudes mas a grande maioria resiste. A vida é poderosa! Ela insurge e ressurge em meio às piores condições, e teima. E perdura.
A morte não. A morte só existe quando conferimos a ela esse status. Mesmo quando alguém morre, o ser humano mantém esse alguém vivo dentro de si e nas coisas em redor, enquanto não se efetiva o fim. Mesmo quando termina o sofrimento pela perda, haverá um resquício de vida trazido pela saudade. Que pode ser eterna!
O poder da morte, então se estabelece diante da afirmativa que conferimos a ela. Isso pode ser comprovado quando matamos alguém dentro de nós, ainda que na realidade esse alguém esteja vivo. Ou quando matamos um sentimento. A morte existe somente quando queremos. A vida, não! A vida insiste mesmo quando não queremos.
De tudo que tenho lido e buscado explicações, entende-se que, mesmo os grandes estudiosos generalizam quanto aos sentimentos e sofrimentos do ser humano, diante da vida e da morte. Certamente estudaram, pesquisaram, observaram! Longe de mim desdizer tais atos. No entanto, cada ser é único, e a dor também. Mesmo aquelas pessoas que vivem um relacionamento poderoso em que as almas são gêmeas, e que a vida em ambos é uma só, a forma como veem e sentem o mundo não. Isso é único. Portanto, as verdades se multiplicam.
O que dá à vida, essa força? Não é o sentido. O sentido difere em cada um. Para mim, o que dá força à vida é a esperança. A vida acontece quando se tem esperança de alguma coisa. Isso é a motivação para a luta pela continuidade da vida. Mas a esperança só existe enquanto há vida. Uma depende da outra. A esperança sustenta a ânsia pela vida. É sempre a esperança em dias melhores. Mesmo aqueles que buscam a morte, imposta pela religião o fazem acreditando na vida eterna, no Paraíso. Somente quem perdeu a esperança, não acredita em mais nada.
A perda da esperança, acredito é o último estágio de sofrimento do ser humano. Durante nossa vida nós a perdemos em diversas situações. Mas ela pode ser renovada e reconquistada conforme a vida segue. E conforme o grau de motivação de vida de cada uma. No entanto, diante de determinadas perdas e frustações constantes a esperança vai minguando, vai secando, e no fim se resume ao instinto de sobrevivência. Até que sobreviver se torna um processo doloroso demais. Mas nem nesse caso a morte é mais forte. O que ocorre é que a morte foi permitida em vida, muito antes da própria morte. A vida acabou lá atrás. O ser se arrastava buscando algum vestígio da esperança que não existe mais.
Tenho visto falar muito na fragilidade humana. Mas eu não concordo. O ser humano não é frágil. Alguns podem sucumbir às vicissitudes mas a grande maioria resiste. A vida é poderosa! Ela insurge e ressurge em meio às piores condições, e teima. E perdura.
A morte não. A morte só existe quando conferimos a ela esse status. Mesmo quando alguém morre, o ser humano mantém esse alguém vivo dentro de si e nas coisas em redor, enquanto não se efetiva o fim. Mesmo quando termina o sofrimento pela perda, haverá um resquício de vida trazido pela saudade. Que pode ser eterna!
O poder da morte, então se estabelece diante da afirmativa que conferimos a ela. Isso pode ser comprovado quando matamos alguém dentro de nós, ainda que na realidade esse alguém esteja vivo. Ou quando matamos um sentimento. A morte existe somente quando queremos. A vida, não! A vida insiste mesmo quando não queremos.
De tudo que tenho lido e buscado explicações, entende-se que, mesmo os grandes estudiosos generalizam quanto aos sentimentos e sofrimentos do ser humano, diante da vida e da morte. Certamente estudaram, pesquisaram, observaram! Longe de mim desdizer tais atos. No entanto, cada ser é único, e a dor também. Mesmo aquelas pessoas que vivem um relacionamento poderoso em que as almas são gêmeas, e que a vida em ambos é uma só, a forma como veem e sentem o mundo não. Isso é único. Portanto, as verdades se multiplicam.
O que dá à vida, essa força? Não é o sentido. O sentido difere em cada um. Para mim, o que dá força à vida é a esperança. A vida acontece quando se tem esperança de alguma coisa. Isso é a motivação para a luta pela continuidade da vida. Mas a esperança só existe enquanto há vida. Uma depende da outra. A esperança sustenta a ânsia pela vida. É sempre a esperança em dias melhores. Mesmo aqueles que buscam a morte, imposta pela religião o fazem acreditando na vida eterna, no Paraíso. Somente quem perdeu a esperança, não acredita em mais nada.
A perda da esperança, acredito é o último estágio de sofrimento do ser humano. Durante nossa vida nós a perdemos em diversas situações. Mas ela pode ser renovada e reconquistada conforme a vida segue. E conforme o grau de motivação de vida de cada uma. No entanto, diante de determinadas perdas e frustações constantes a esperança vai minguando, vai secando, e no fim se resume ao instinto de sobrevivência. Até que sobreviver se torna um processo doloroso demais. Mas nem nesse caso a morte é mais forte. O que ocorre é que a morte foi permitida em vida, muito antes da própria morte. A vida acabou lá atrás. O ser se arrastava buscando algum vestígio da esperança que não existe mais.
Lécia Freitas
SAUDADE
Pablo Neruda
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida…
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida…
Saudade é sentir que existe o que não existe mais…
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Isso o mestre nos diz. Mas eu digo: - diante disso - que me venha a morte, mas nunca
mais uma dor como aquela.
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