Em uma economia onde
existe uma infinidade de bens, serviços e insumos de produção, os quais são
ofertados e demandados simultaneamente por um grande número de vendedores e
compradores, é necessário que exista um mecanismo que mantenha a ordem e
oriente as ações dos vários agentes no sentido de satisfazer os interesses de
cada um em particular e da sociedade como um todo. Esse mecanismo é o mercado.
O preço emanado desse mecanismo é o elemento que municia tanto produtores quanto
consumidores de informações, possibilitando assim as transações (ou trocas)
entre compradores, de um lado, e vendedores do outro. É o mercado que, como se
fosse orientado por uma “mão invisível” , promove o bem-estar de cada agente em
particular e da sociedade como um todo. O conceito de mercado, portanto, não
está associado a um lugar geográfico específico, mas a um mecanismo que
aproxima compradores e vendedores, permitindo que tais agentes alcancem ganhos
mútuos.
Também
conhecida como teoria dos preços, a Microeconomia estuda a formação de preços
no mercado de modo a estudar como o consumidor interage e decide qual o preço e
quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos. A microeconomia preocupa-se com a
formação de preços e bens e serviços (exemplo, milho, automóveis) e de fatores
de produção (lucros, salários) em mercados específicos.
A microeconomia visa
explicar como é fixado o preço e seus fatores de produção. Divide-se em:
·
Teoria do Consumidor: Estuda a preferência do consumidor
analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a
demanda de mercado;
·
Teoria de Empresa: Estuda a reunião do capital e do trabalho de
uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta
dos consumidores dispostos a consumi-los;
·
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação da
matéria-prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no
mercado. A teoria da produção se refere os serviços como transportes,
atividades financeiras, comércio e outros.
ROSSETTI, Introdução à
Economia. 20º Edição. Editora Atlas. 2003.SP;
O conceito fundamental da macroeconomia refere-se a do sistema
econômico, isto é, uma organização que envolva recursos produtivos. A estrutura
macroeconômica é composta por cinco mercados:
- Mercado de Bens e Serviços;
- Mercado de Trabalho;
- Mercado Monetário;
- Mercado de Títulos;
A
macroeconomia estuda as principais tendências obtidas através dos processos
microeconômicos da economia, no que pertence principalmente à produção, geração
de renda, uso de recursos, comportamento dos preços e o comércio exterior. Os
desígnios principais da macroeconomia são:
- crescimento da economia;
- pleno emprego;
- estabilidade de preços;
- controlo inflacionário;
Ao estudar e procurar relacionar os grandes
agregados, a macroeconomia negligencia o comportamento das unidades econômicas
individuais, tais como famílias e empresas, a fixação de preços nos mercados
específicos, os efeitos de oligopólios em mercados individuais. Essas são as
preocupações da microeconomia. A Macroeconomia trata os mercados de forma
global, permitindo estabelecer relações entre grandes agregados e proporcionar
melhor compreensão de algumas das interações mais relevantes da economia, que
se estabelecem entre os mercados de bens e serviços, de trabalho e de ativos
financeiros e não financeiros. Apesar do aparente contraste, não há conflito
entre a microeconomia e a macroeconomia, pois o conjunto da economia é a soma
de seus mercados individuais, a diferença existente é uma questão de enfoque.
As metas da macroeconomia são: alto nível de emprego; estabilidade de preços;
distribuição de renda socialmente justa e crescimento econômico. Estes
objetivos não são independentes, podendo ser conflitantes, e se atingindo uma
meta pode ajudar a atingir outras.
A macroeconomia enfoca a economia como se
ela fosse composta por uma parte real e uma parte monetária, divididas em
quatro mercados. A parte real da economia é composta pelos mercados de bens e
serviços, e de trabalho. A parte monetária da economia é formada pelos mercados
financeiro (monetário e títulos), e pelo cambial. Podemos dizer que o objetivo
da análise macroeconômica como sendo o de estudar como se determinam as
seguintes variáveis agregadas: nível geral de preços, nível de produto, taxa de
salários, nível de emprego, taxa de juros, quantidade de moeda, preço dos
títulos, quantidade de títulos e taxa de câmbio.
Os governos utilizam os instrumentos da
política macroeconômica sobre a capacidade produtiva e despesas planejadas,
para conseguir que a economia opere em pleno emprego. Os instrumentos são:
Política Fiscal refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para
a arrecadação de tributos e controle de suas despesas; Política Monetária trata
da atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de
juros; Política Cambial e Comercial referem-se ao controle das variáveis
relacionadas ao setor externo da economia; Política de Rendas (controle de
preços e salários) sendo muito utilizada no controle da inflação, onde os agentes
econômicos ficam proibidos de efetuar reajustes influenciados pelas variações
normais de mercado.
Bibliografia
EQUIPE de Professores da
FEA - USP – Manual de Macroeconomia,
Ed. Atlas, 2000.
HALL, Robert E. TAYLOR, John B. – Macroeconomia: Teoria, Desempenho e Política. Ed. Campus, 1989.
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval de – Economia: Micro e Macro. Ed. Atlas 2000.
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