Esse livro conta a história de Olga Benário, nascida
na Alemanha em 1908, judia de classe média, cujo nome verdadeiro era Maria
Begner, e que já na adolescência se aproximou da Juventude Comunista onde
passou a militar ativamente.
Ela era uma mulher linda, alta, de cabelos escuros e
olhos azuis. Atraiu o jovem dirigente Otto Braun, com quem foi morar aos 16
anos de idade. Quando, em 1928, Otto foi preso em Berlim, Olga liderou o seu
resgate e os dois fugiram para a União Soviética, onde receberam treinamento de
guerrilha.
Olga começou a destacar-se no partido, aumentando
suas atribuições, o que levou seu namorado a romper o romance. Aos 26 anos, foi
escolhida para acompanhar Luiz Carlos Prestes, que estava naquele país. Ela já o
admirava devido a sua façanha com a “Coluna Prestes”, quando, sob sua
liderança, homens caminharam 25 mil
quilômetros a pé, enfrentado as tropas do governo brasileiro. No Brasil,
Prestes seria o líder de uma Revolução que tentaria implementar o Comunismo no
País. Os dois atravessaram a Europa, foram para os Estados Unidos, de lá para
Santiago, Buenos Aires e finalmente o Brasil. Para esta longa viagem fizeram
uso de um passaporte falso, passando-se por um casal em lua-de-mel, o que lhes
permitiu que se conhecessem bem e se apaixonassem. Instalaram-se no Rio de
Janeiro, onde logo começaram os preparativos para a revolução. Após o fracasso
da Intentona Comunista de 1935, foram presos e nunca mais se viram. Já na
prisão, Olga descobriu que estava grávida, o que a fez se sentir mais segura. Inutilmente,
pois, Getúlio Vargas, querendo se aproximar do regime nazista, decidiu
deportá-la, apesar de todas as tentativas de seus amigos para evitar sua
transferência. Olga foi embarcada para a Alemanha e entregue à polícia nazista,
sendo enviada a um campo de concentração. Exatamente após um ano de fracasso da
revolução pretendida, nasceu Anita Leocádia. Nesta época, Dona Leocádia – mãe
de Carlos Prestes – estava fazendo seus contatos para libertar a nora e a neta,
mas o único acordo que conseguiu foi libertar o bebê quando secasse o leite da
mãe. Ao completar 14 meses, Anita foi
entregue à avó sem que a mãe soubesse do seu paradeiro. Somente após um mês, Olga
recebeu uma carta de Dona Leocádia, informando que sua filha estava bem e sob
seus cuidados. Na prisão, Olga liderou o grupo, instalando hábitos de higiene e
organização, dando aulas às outras presas. Depois de passar por vários campos
de concentração, em fevereiro de 1942, poucos dias antes completar 34 anos, Olga
foi executada na câmara de gás. Prestes tomou conhecimento da morte da companheira
três anos depois, quando saiu da prisão anistiado por Getúlio Vargas.
Trabalho avaliativo apresentado à disciplina Língua Portuguesa do Curso de Letras
- FAPAM - Professora Cristina Mara
Crédito: Total - Muito Bem!
Trabalho avaliativo apresentado à disciplina Língua Portuguesa do Curso de Letras
- FAPAM - Professora Cristina Mara
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