Lentamente os passarinhos estão voltando. Eu os ouço acima
da tormenta. Trazem na palheta variedade de cores a tingir meu riso, temeroso
ainda. Perdoem-me o caminhar vacilante. Se não embarco logo neste trem azul. É
que a pancada foi forte e não há como negar os destroços. Carregou viço e deixou
opaco um mundo inteiro. Perdoem-me...ainda mais os inocentes! Vai ser preciso
uma passarinhada a compor uma nova orquestra. Vai ser preciso uma aquarela
inteira a desenhar na alma um novo sonho.
Lécia Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário