Vi um caso hoje de um homem que foi julgado, e condenado injustamente, por abuso sexual dos filhos menores, denúncia feita pela amiga da mãe das crianças. Analisando superficialmente, percebe-se como são falhas as leis brasileiras, humanas. Como carecem de fundamentos e conteúdos. Na verdade, não considero nenhum homem totalmente idôneo, isento, e capaz de julgar outrem. Baseando-se no Direito, arvoram-se capazes de interpretar. E condenar.
Penso, no entanto, que toda lei tem brechas disponíveis e legalmente utilizáveis por qualquer profissional da área. Que nesse caso, não é necessariamente, aquele acadêmico zeloso que fez da Ciência a sua vida. Pelo contrário, isso é característica do esperto, do velhaco, que se aproveita para que os fatos sejam distorcidos com resultados a seu favor ou interesse. Diariamente, vemos casos de pessoas notadamente culpadas que se desvencilham da lei e suas penas, enquanto inocentes pagam, às vezes com a vida. Por mãos não tão limpas, assim como as mentes de quem as carrega.Naturalmente que há as exceções, cada vez mais raras. Mas a vida é feita de entrelaces, de meandros. Às vezes, o indivíduo se perde, até sem querer.
Embora tenha sido em outros tempos, vítima da sanha masculina e sofrido abusos e maus tratos, considero falha demais a Lei Maria da Penha. Penso que cada caso deve ser analisado à luz dos fatos e dos contextos, e não se generalisar em conceitos e a sob a visão de pessoas que já têm opiniões formadas ou carências de visibilidade.
Depois de criar sozinha os meus filhos -situação alheia à minha vontade- percebo claramente a falta do pai no processo de desenvolvimento do indivíduo. E vejo a crueldade desse afastamento dos pais, da vida de seus filhos, que muitas vezes acontece devido a uma interpretação em cima da versão dos fatos, fornecidos pelo rancor e despeito da mãe.
E percebo, muitas vezes, o trabalho de desconstrução de um amor imenso do pai pelos filhos, feito pela mãe que não perdoa o fim de um casamento que já não existia, e por toda a família dela. E assim perdem todos, mais ainda os filhos, que se veem meio a uma guerra tão cruel e sem sentido, quanto.
Pessoas pautam sua vidas em cima de verdades que lhe são ditas e que foram formuladas por outrem. No entando, o discernimento coloca que verdades não são absolutas, que fatos têm dois lados, que a "razão pura carece de uma crítica". Muitas vezes, o nosso enpedernimento em não enxergar outras faces de uma questão, a persistência em não sair da zona de conforto e reconhecer outra versão, chegando a uma birra infantil, pode destruir uma vida. Quando negamos o nosso apoio o nosso olhar, mesmo se for indagador, estamos embotando um pensamento questionador, estamos recusando uma mão que se estende. A vida não é feita apenas de coisas bonitas que se lê, de atitudes consideradas adequadas e revolucionárias nesses tempos fascistas. A vida é feita da humildade de se reconhecer humano, complexo, e passível de falhas. Mas isso só se reconhece com o passar do tempo. Só que o tempo passa.
Penso, no entanto, que toda lei tem brechas disponíveis e legalmente utilizáveis por qualquer profissional da área. Que nesse caso, não é necessariamente, aquele acadêmico zeloso que fez da Ciência a sua vida. Pelo contrário, isso é característica do esperto, do velhaco, que se aproveita para que os fatos sejam distorcidos com resultados a seu favor ou interesse. Diariamente, vemos casos de pessoas notadamente culpadas que se desvencilham da lei e suas penas, enquanto inocentes pagam, às vezes com a vida. Por mãos não tão limpas, assim como as mentes de quem as carrega.Naturalmente que há as exceções, cada vez mais raras. Mas a vida é feita de entrelaces, de meandros. Às vezes, o indivíduo se perde, até sem querer.
Embora tenha sido em outros tempos, vítima da sanha masculina e sofrido abusos e maus tratos, considero falha demais a Lei Maria da Penha. Penso que cada caso deve ser analisado à luz dos fatos e dos contextos, e não se generalisar em conceitos e a sob a visão de pessoas que já têm opiniões formadas ou carências de visibilidade.
Depois de criar sozinha os meus filhos -situação alheia à minha vontade- percebo claramente a falta do pai no processo de desenvolvimento do indivíduo. E vejo a crueldade desse afastamento dos pais, da vida de seus filhos, que muitas vezes acontece devido a uma interpretação em cima da versão dos fatos, fornecidos pelo rancor e despeito da mãe.
E percebo, muitas vezes, o trabalho de desconstrução de um amor imenso do pai pelos filhos, feito pela mãe que não perdoa o fim de um casamento que já não existia, e por toda a família dela. E assim perdem todos, mais ainda os filhos, que se veem meio a uma guerra tão cruel e sem sentido, quanto.
Pessoas pautam sua vidas em cima de verdades que lhe são ditas e que foram formuladas por outrem. No entando, o discernimento coloca que verdades não são absolutas, que fatos têm dois lados, que a "razão pura carece de uma crítica". Muitas vezes, o nosso enpedernimento em não enxergar outras faces de uma questão, a persistência em não sair da zona de conforto e reconhecer outra versão, chegando a uma birra infantil, pode destruir uma vida. Quando negamos o nosso apoio o nosso olhar, mesmo se for indagador, estamos embotando um pensamento questionador, estamos recusando uma mão que se estende. A vida não é feita apenas de coisas bonitas que se lê, de atitudes consideradas adequadas e revolucionárias nesses tempos fascistas. A vida é feita da humildade de se reconhecer humano, complexo, e passível de falhas. Mas isso só se reconhece com o passar do tempo. Só que o tempo passa.
Lécia Freitas