O brasileiro, por ser uma mistura de etnias
distintas traz dentro de si uma diversidade que instiga e confunde. As
diferentes narrativas identitárias do individual e da coletividade da alma
brasileira trazem as mesmas marcas e características, demonstrando que há
um consenso sobre quem somos nós. O estereótipo, já consagrado do brasileiro
malandro, com certeza incomoda, uma
vez que não representa a coletividade,
porém é uma reação velada ao colonialismo europeu. Com toda a pretensa
superioridade do homem branco, o espírito do subjugado foi além. O homem branco
veio, matou, roubou, mas não convenceu. Embora sempre se fale nas três etnias,
não há nenhuma representação de brasileiro como europeu. Ainda que seja, muitas
vezes, depreciativa e caricata, nos identificamos
muito mais com o negro e com o indígena. O europeu é o outro, o vilão.
Lécia Freitas
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