sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
O amor e os vincos
Quando você pensa que a vida acabou, vem um amor tardio e te dá “uma rasteira”. Porque junto com ele, vem todo aquele sofrimento do qual já se acreditava imune. Dor desgraçada de doída. Porque o amor, o amor não tem medidas! Ainda que não seja correspondido, ele existe, e dói!
Chega de mansinho, ou de supetão, tanto faz. Olha pra gente meio que surpreso, mas concede um brilho nos olhos, tinge os lábios, e realça uma beleza já apagada, esquecida. A música do amor pode vir em sons de grilos num ritmo inesperado ou em mil badalos de sinos, num carrilhão universal. E vibrar para sempre, seja nas fibras de um coração, seja no infinito. E com todas as sinfonias combinar os liames de toda a ternura que há na Terra, para mitigar possíveis dores e amargos. E a felicidade que ele traz vai te fazer rir de coisas sérias ou de trivialidades, numa loucura sem compromissos.
E você se entrega àquele grego, como a um deus de verdade, que vem, não com raios ou tridentes, qualquer coisa ligada aos deuses gregos, mas tão real, como o personagem de Zorba, o Grego, com aquela touca preta, e um olhar penetrante, tão sensual, com os lábios cerrados e a barba que não se importaria de roçar, e os cabelos compridos em que aprofundaria os dedos, ao mordiscar lóbulos e lábios enquanto viaja sem voar.
Você se desnuda por inteira, fala de desventuras, mostra cicatrizes e se extasia em fantasias. Nem percebe a solidão. Nem percebe a busca pela saciedade no reflexo onde está espelhada uma sede que o próprio deserto inventou. Nessa vontade alucinada de amar, você quer para si todos os sorrisos, todas as cores, todas as flores. Espera, como uma noiva virgem, o rubor das faces, com todos os beijos que pensa merecer. E acredita que vai perpetuar em suas entranhas o gosto do outro, que seus cheiros se confundirão, e que o amor, ah o amor, vai crescer em possibilidades.
Incauta. Esse mesmo amor vai fecundar tudo quanto era sentimento escondido, enterrado. Ele traz em si todos os verbos que já foram ditos e silenciados, além de criar outros, numa verborragia insana, só para entristecer mais ainda a expressão daquele amor. E você não vai conseguir fechar o coração aos lamentos. A dor não será menos violenta graças à muita história. Por isso mesmo, era de se esperar menos condescendência. Em vão. Cada amor é um, e revela em seu dorso, desejada paz de andorinhas, canto de bem-te-vis, cheiro de fruta madura.
Nessa hora não se acredita em aprendizado. Fica mais uma fibra a endurecer o vão cavado na alegria. Em algum resquício de sonho resta o corpo vagueando ímpar. Soçobra a dor que ficou no vinco.
Lécia de Freitas
Como na primeira vez
Quando a gente apaixona pela primeira vez, na adolescência, quase sempre somos uns monstrengos, com aparelhos nos dentes, a voz esganiçada, sem nenhum estilo, e com o corpo ainda em formação. Dá uma tremedeira danada quando encontramos a pessoa amada.
O tremor, no entanto, não acontece tanto pela vergonha que temos de uma hipotética feiura e falta de jeito. Ele acontece, com certeza pela emoção, porque volta, mesmo quando somos adultas e com conhecimentos para melhorar uma coisa ou outra na aparência. E assim, pela vida afora. Sempre ficamos inseguras diante de um novo amor. Temos medo da rejeição, da não aprovação.
Mas quando o amor acontece, já tardiamente, é muito pior. Temos argumentos de sobra, sabedoria, conhecimento de mundo. Podemos conversar sobre quase tudo, e conhecemos muito dos segredos de alcova. A vergonha ficou lá atrás, quando entre paredes. Espera-se muitos gemidos e sussurros, beijos sem fim, champanha em curvas, mordidelas em lóbulos, línguas e bocas. E amor muito amor!
Mas o que fazer com as rugas, com a flacidez? Como disfarçar a falta de agilidade em acrobacias e posturas, próprias de um momento em que se espera superar amores passados, garantir o espaço. Alguns até valorizam inteligência, etc e tal., mas não se leva nada daquilo para debaixo de lençóis. E aí, vem o medo, a vergonha pelo tempo que passou, implacável, no próprio corpo, deixando marcas. e levando outras.
Nessa hora, diante do espelho, a frustração, quase leva a desistir, daquele deus, que apareceu numa espécie de milagre, uma vez que já não se esperava mais ninguém. Como disfarçar o tempo: não há mais brilho nos cabelos, não há elasticidade, não há curvas.
Ela lembra que passou a vida inteira sem se preocupar com isso, esperando placidamente os anos correrem. E agora este turbilhão de sentimentos a leva de volta a um frenesi, a um desvario e ela gostaria de ter uns anos a menos para poder aproveitar. Não é qualquer dia que se apaixona dessa forma, nem qualquer pessoa.
O sentimento do amor não é mais nem menos forte de acordo com a idade. O amor é uma dádiva, é uma possibilidade de uma vida toda, e quando acontece, temos que receber e sermos gratos.
No entanto, não há tempo de consertar nada antes de um possível encontro.
Mas, como sonegar um amor que diante de tanta emoção, que aflora qual fonte e escorre sobejamente, te inebria, e ao mesmo tempo te atormenta, tão vivo, tão real, e você fica o dia todo pensando naquilo, sentindo até o perfume dele, a textura daquela pele que você acariciou e da boca que quer beijar tantas vezes, com o mesmo frêmito que te faz arrepiar ainda hoje?
Como sonegar este amor que traz consigo, uma força incontida, que desarrumou a alma e a vida, carregando em seu dorso essa adolescência tardia, e que, apesar de tudo, traz também uma doçura, um carinho, que por vezes, você fecha os olhos e vai lá no fundo resgatar um sentimento que te faz sentir parte de tudo?
Como sonegar um amor que, depois de tanto tempo, ainda faz você desejar mãos vigorosas a percorrer curvas e pele num prazer que enlouquece e te retorna à vida?
Como sonegar um amor tão fundo, tão querido, tão precioso, talvez o último a te acompanhar pela vida afora?
Lécia de Freitas
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
TEORIA MICROECONÔMICA E TEORIA MACROECONÔMICA
Em uma economia onde
existe uma infinidade de bens, serviços e insumos de produção, os quais são
ofertados e demandados simultaneamente por um grande número de vendedores e
compradores, é necessário que exista um mecanismo que mantenha a ordem e
oriente as ações dos vários agentes no sentido de satisfazer os interesses de
cada um em particular e da sociedade como um todo. Esse mecanismo é o mercado.
O preço emanado desse mecanismo é o elemento que municia tanto produtores quanto
consumidores de informações, possibilitando assim as transações (ou trocas)
entre compradores, de um lado, e vendedores do outro. É o mercado que, como se
fosse orientado por uma “mão invisível” , promove o bem-estar de cada agente em
particular e da sociedade como um todo. O conceito de mercado, portanto, não
está associado a um lugar geográfico específico, mas a um mecanismo que
aproxima compradores e vendedores, permitindo que tais agentes alcancem ganhos
mútuos.
Também
conhecida como teoria dos preços, a Microeconomia estuda a formação de preços
no mercado de modo a estudar como o consumidor interage e decide qual o preço e
quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos. A microeconomia preocupa-se com a
formação de preços e bens e serviços (exemplo, milho, automóveis) e de fatores
de produção (lucros, salários) em mercados específicos.
A microeconomia visa
explicar como é fixado o preço e seus fatores de produção. Divide-se em:
·
Teoria do Consumidor: Estuda a preferência do consumidor
analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a
demanda de mercado;
·
Teoria de Empresa: Estuda a reunião do capital e do trabalho de
uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta
dos consumidores dispostos a consumi-los;
·
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação da
matéria-prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no
mercado. A teoria da produção se refere os serviços como transportes,
atividades financeiras, comércio e outros.
ROSSETTI, Introdução à
Economia. 20º Edição. Editora Atlas. 2003.SP;
O conceito fundamental da macroeconomia refere-se a do sistema
econômico, isto é, uma organização que envolva recursos produtivos. A estrutura
macroeconômica é composta por cinco mercados:
- Mercado de Bens e Serviços;
- Mercado de Trabalho;
- Mercado Monetário;
- Mercado de Títulos;
A
macroeconomia estuda as principais tendências obtidas através dos processos
microeconômicos da economia, no que pertence principalmente à produção, geração
de renda, uso de recursos, comportamento dos preços e o comércio exterior. Os
desígnios principais da macroeconomia são:
- crescimento da economia;
- pleno emprego;
- estabilidade de preços;
- controlo inflacionário;
Ao estudar e procurar relacionar os grandes
agregados, a macroeconomia negligencia o comportamento das unidades econômicas
individuais, tais como famílias e empresas, a fixação de preços nos mercados
específicos, os efeitos de oligopólios em mercados individuais. Essas são as
preocupações da microeconomia. A Macroeconomia trata os mercados de forma
global, permitindo estabelecer relações entre grandes agregados e proporcionar
melhor compreensão de algumas das interações mais relevantes da economia, que
se estabelecem entre os mercados de bens e serviços, de trabalho e de ativos
financeiros e não financeiros. Apesar do aparente contraste, não há conflito
entre a microeconomia e a macroeconomia, pois o conjunto da economia é a soma
de seus mercados individuais, a diferença existente é uma questão de enfoque.
As metas da macroeconomia são: alto nível de emprego; estabilidade de preços;
distribuição de renda socialmente justa e crescimento econômico. Estes
objetivos não são independentes, podendo ser conflitantes, e se atingindo uma
meta pode ajudar a atingir outras.
A macroeconomia enfoca a economia como se
ela fosse composta por uma parte real e uma parte monetária, divididas em
quatro mercados. A parte real da economia é composta pelos mercados de bens e
serviços, e de trabalho. A parte monetária da economia é formada pelos mercados
financeiro (monetário e títulos), e pelo cambial. Podemos dizer que o objetivo
da análise macroeconômica como sendo o de estudar como se determinam as
seguintes variáveis agregadas: nível geral de preços, nível de produto, taxa de
salários, nível de emprego, taxa de juros, quantidade de moeda, preço dos
títulos, quantidade de títulos e taxa de câmbio.
Os governos utilizam os instrumentos da
política macroeconômica sobre a capacidade produtiva e despesas planejadas,
para conseguir que a economia opere em pleno emprego. Os instrumentos são:
Política Fiscal refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para
a arrecadação de tributos e controle de suas despesas; Política Monetária trata
da atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de
juros; Política Cambial e Comercial referem-se ao controle das variáveis
relacionadas ao setor externo da economia; Política de Rendas (controle de
preços e salários) sendo muito utilizada no controle da inflação, onde os agentes
econômicos ficam proibidos de efetuar reajustes influenciados pelas variações
normais de mercado.
Bibliografia
EQUIPE de Professores da
FEA - USP – Manual de Macroeconomia,
Ed. Atlas, 2000.
HALL, Robert E. TAYLOR, John B. – Macroeconomia: Teoria, Desempenho e Política. Ed. Campus, 1989.
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval de – Economia: Micro e Macro. Ed. Atlas 2000.
O PENSAMENTO ECONÔMICO
O pensamento econômico passou por diversas
fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e oposições. No
entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes
períodos: Fase Pré-Científica e Fase Científica Econômica.
A
fase pré-científica é composta por três subperíodos. A Antiguidade Grega, que
se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos político-filosóficos. A
Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico-filosóficas
e tentativas de moralização das atividades econômicas. E, o Mercantilismo, onde
houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente, do comércio.
A
fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento
Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma "ordem natural",
onde o Estado não deveria intervir nas relações econômicas. Os doutrinadores
clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado
(oferta e demanda), através do ajuste de preços. Já o marxismo critava a
"ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida
pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de
renda e na exploração do trabalho.
Com
o aumento da complexidade social e da escassez, tornou-se mister a existência
de um estudo com o objetivo de, com o desenvolvimento tecnológico, satisfazer
um maior número de pessoas e/ou necessidades, trabalhando sob o plano da
optimização, racionalização e do planejamento.
Apesar das
importantes contribuições dos pensadores gregos e romanos ao desenvolvimento do
pensamento econômico, todos esses filósofos estiveram atados à filosofia e à
política. Todas as obras nitidamente econômicas se baseavam em princípios
morais e políticos, carecendo de aspectos científicos.
Com a
decadência de Grécia e Roma deu-se início à Idade Média, caracterizada por uma
nova fase da economia e da cultura, onde a igreja controlava o poder político e
econômico. O pensamento econômico ainda não tinha se tornado independente dos
estudos político-filosóficos, igualmente como ocorria na antiguidade
greco-romana.
Com o
crescimento demográfico e um conseqüente excesso de oferta de mão-de-obra,
houve um aumento na produção que desenvolveu as cidades e o comércio
internacional, mobilizando grandes capitais. Por isso, surgiram vários
elementos característicos da economia moderna como por exemplo a divisão do
trabalho, o sistema bancário, diversas formas de associação, que se
desenvolveram no decorrer da evolução do pensamento econômico..
Procurando equilibrar as relações de mercado, protegendo os
consumidores e os produtores de menor escala, a Igreja regulou o mercado de
forma que a ética estaria presente em todos os momentos. Deste modo, a livre
iniciativa e a concorrência tornavam-se perigosas, pois os mais poderosos
dominariam os mais fracos, havia um combate à usura que por sua vez era
considerada imoral. A cobrança de juros era condenada, pois acreditava-se que o
que gerava riqueza era o trabalho árduo e a natureza e não a extorsão de bens
do devedor por parte do credor. A propriedade privada era considerada legítima
desde que estivesse subordinada ao bem comum.
A igreja
procurou moralizar o comércio, valorizando a dignidade do trabalho, condenando
os juros, buscando o "justo preço", o equilíbrio dos atos econômicos,
a moderação dos agentes econômicos e protegendo os mais fracos dos mais
poderosos.
Apesar de na
Idade Média ter surgido inovações no comércio, como por exemplo o combate à
usura, os salários justos, o "justo preço", será no Mercantilismo que
brotarão os primeiros princípios econômicos.
O mercantilismo
é marcado por um processo de expansão dos mercados consumidores e produtores de
matéria-prima, pela revolução comercial, pela centralização do comércio como
atividade econômica e pelo protecionismo e intervencionismo estatal na
economia.
O início da era
mercantilista foi marcado por diversas transformações intelectuais, religiosas,
comportamentais, políticas, geográficas e econômicas. As transformações
religiosas foram marcadas por exaltar o individualismo e a atividade econômica,
as de comportamento pela busca do bem-estar, as políticas pelo surgimento do
Estado Moderno, as geográficas pela ampliação do campo de atuação dos Estados
buscando a exploração de novas terras e a navegação para comercializar, as
econômicas pela mudança do eixo econômico mundial e a criação da moeda baseada
no ouro e na prata.
Considera-se
que o mercantilismo foi um período que possibilitou a transição de uma economia
regional para uma economia nacional. O comércio não mais se limitava às feiras
e às transações internas, mas voltava-se para o exterior, buscando o acúmulo de
capitais em função da prosperidade do Estado, mesmo que para isso fosse
necessário a exploração de outras terras.
Apesar de não
ser bastante significativa a contribuição do mercantilismo à ciência econômica,
foram difundidas algumas idéias importantes, de modo isolado, que acabaram
influenciando uma nova fase da evolução do pensamento econômico, a fase
científica da economia.
A fisiocracia
se constituiu numa corrente do pensamento econômico da Europa do século XVIII
que defendia a idéia de que todo valor deriva da terra e só ela é capaz de
produzir riqueza, assumindo uma posição clara de crítica ao mercantilismo.
Os fisiocratas
pregavam a liberdade de mercado, acreditando que o auto-interesse individual
está na base do funcionamento harmônico da economia, motivo pelo qual combatiam
as medidas intervencionistas do governo.
A passagem
faz-se através de transformações na propriedade. Atingida a sociedade
comercial, só existe uma fonte de crescimento econômico, a divisão do trabalho.
A era clássica
teve como inicio uma reação às opiniões mercantilistas que impeliu o pensamento
econômico para uma fase de transição. Durante esta fase o homem de negócios foi
exposto como o principal investigador em questões econômicas e começaram a
aparecer vagarosamente a altitude e a abordagem metodológica que mais tarde
caracterizariam os escritos da era clássica. A altitude que recém emergia era
de liberdade crescente, o povo começava a pensar que a maior liberdade em
relação às restrições governamentais seria vantajosa para si e para economia.
Esta atitude refletia a idéia que se desenvolvia aos poucos, de que o sistema
econômico é um organismo autônomo de alta geração que não exige administração
vinda de cima, funcionando melhor quando pode regular-se por si próprio. Também estava obtendo aceitação uma
filosofia hedonista de ganho material e prazeres, em oposição ao ponto de vista
medieval da virtude na renuncia material. De acordo com esta filosofia, a
prodigalidade não sendo imoral torna-se a vida do comercio, o progresso
econômico depende do alto interesse e de níveis mais elevados de consumo
pessoal.
Para Marx, a
consciência social era determinada pela existência social, ou seja, a
superestrutura política, jurídica, religiosa, moral e filosófica de uma sociedade
é determinado em uma instância, por sua base econômica. Sua obra daria certa
estatura de maturidade ao pensamento socialista do século XIX.
A história da
humanidade não era senão a história da luta de classes. Segundo essa doutrina
caberia à classe mais fraca o papel de transformar revolucionariamente a
sociedade.
Partindo da teoria clássica do valor, Marx chegou a definir, com
envolvimentos teóricos de aparência definitiva, a parcela do produto nacional
resultante do trabalho e indevidamente apropriada pelos empresários
capitalistas.
Na analise das
diversas teorias desenvolve Marx muitas vezes elaborações teóricas próprias,
relativas a problemas que até hoje continuam a ter maior atualidade, como a
nacionalização da terra, o trabalho produtivo e improdutivo e as raízes das
crises do capitalismo. Segundo uma visão abrangente, as teorias são
relacionadas com a filosofia que lhes serve fundamento e com vários aspectos do
contexto social em que se situam.
Marx construiu
um engenhoso modelo, procurando demonstrar ainda que as sociedades estão
sujeitas a uma constante transformação histórica e que os clássicos erraram ao
admitir que a ordem natural do sistema capitalista conduziria a estabilização e
ao crescimento econômico, pois as forças que criaram essa ordem procura
estabiliza – la sufocando o crescimento de novas forças que ameaçava até que
esta nova força finalmente se afirme e realize suas aspirações.
Assinar:
Postagens (Atom)