segunda-feira, 30 de março de 2020

RESENHA DE ARTIGO SOBRE CONCEITO DE ÉTICA


Recomeço
O autor, Peter Singer, observa que o pluralismo reserva um espaço para o resgate de um ideal estóico da dignidade moral em práticas da automodelação virtuosa encontradas em discursos eruditos e em leituras de autoajuda. Isso pode repercutir na formulação de uma verdadeira política pública de reversão de práticas imorais e antiéticas. Embora pareça impossível reverter o consumismo desenfreado, o sábio concilia elementos de autoeducação e autocontenção relevantes na hora de formular estratégias morais e políticas para o presente.
O estudioso afirma que isso só é possível em pessoas hígidas mentalmente. Pode-se acrescentar: em pessoas sensíveis e de boa vontade, preocupadas com o destino do mundo. Porém, pretender que os jovens se interessem pelo assunto a ponto de realizarem mudanças é utópico, uma vez eu a maioria deles ignora e despreza os valores éticos e morais. Para revigorar o ideal de dignidade humana, faz-se necessário que a humanidade lúcida restante apresente-o aos pequeninos, os únicos, realmente capazes, devido à virtude e probidades ainda intactas de proliferar em si mesmos e nos outros a cultura de uma vida mais ética, voltada ao bem de todos.
Nesse sentido, é essencial operar nas crianças a formação do juízo crítico reflexivo, capaz de ajudá-las no discernimento entre o certo e o errado, o bem e o mal.
Lécia Conceição de Freitas

Expansão da Língua Portuguesa


A Língua Portuguesa é uma das cinco mais faladas no mundo. Cerca de 180 milhões de indivíduos utilizam-na sendo a língua oficial, em pelo menos, um país de cada continente. São eles: República de Angola, República Federativa do Brasil, República de Cabo Verde, República da Guiné-Bissau, República de Moçambique, República Portuguesa, República Democrática de São Tomé, e Príncipe e República Democrática de Timor-Leste.
A língua portuguesa, pertencente ao grupo das línguas românicas, teve sua origem no latim falado que se expandiu devido ao espírito de organização e poderio de Roma.
No Brasil, foi imposta pelos colonizadores portugueses, embora houvesse, naquela época, outras línguas, das diversas tribos indígenas existentes e, em seguida, as múltiplas línguas africanas com achegada dos escravos. Também é devido a um processo de colonização que os outros países falam o nosso idioma e é este o único ponto em comum. Cada um deles tem seus costumes, sua cultura, suas crenças, etc.
Embora sendo países distintos e distantes uns dos outros e apesar do uso constante de outras línguas, dialetos e variantes linguísticas, a Língua Portuguesa tornou-se oficial nesses países devido ao poderio econômico e cultura mais avançada no país de origem.
Lécia Conceição de Freitas

RESUMO


CAPITÃES DA AREIA
O livro "Capitães da Areia", de Jorge Amado, narra a história de um grupo de crianças abandonadas e a luta delas para sobreviverem nas ruas de Salvador, capital do estado da Bahia.
O grupo contém mais de cinquenta meninos e eles vivem em um trapiche abandonado na praia.
Pedro Bala, filho de um grevista morto no cais, é o mais corajoso e capacitado para ser o líder do grupo. Professor, outro menino, era o único que sabia ler. Contava histórias para o grupo a luz de velas. Possuía grande talento para desenhar. Com isso ganhava algum dinheiro desenhando casais, nas ruas da cidade. “Gato”, vaidoso, elegante, e com ginga de malandro, era o mais bonito de todos.Apaixonou-se por uma prostituta com quem mantinha um caso. “Sem-Pernas” era um garoto coxo, que servia de espião, fingindo-se de órfão desamparado (e numa das casa que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim) para roubar, mesmo sem querer fazê-lo de verdade. “Volta-Seca”, afilhado de Lampião, tinha ódio das autoridades. Desejava ardentemente tornar-se cangaceiro. Foi responsável pela mudança de “Pirulito”. Juntamente com os conselhos do amigo e por meio dos ensinamentos dos padres, “Pirulito” buscou uma vida mais correta, abandonando o roubo.
Também fazia parte do grupo: “Boa-Vida”, garoto esperto que sempre participava dos assaltos e “Querido-de-Deus”, capoeirista, amigo de Bala.
A polícia perseguia os Capitães e a maioria das pessoas não gostava deles. Recebiam ajuda de D. Aninha, uma negra, praticante de Candomblé; de João da Adão, um grevista do cais. Também eram ajudados pelo Padre José Pedro, castigado por seus superiores por ter se envolvido com o grupo e por ter escondido um dos meninos que contraíra a varíola.
Com a epidemia dessa doença, morre a mãe de Dora e Zé Fuinha, ficando os dois sozinhos no mundo. Assim eles ingressam no grupo, onde, com o tempo, Dora passa a ser considerada a “mãe” dos mais novos e “mana” pelo outros. Para Pedro Bala, Dora era a noiva e ela retribuía.
Após um assalto em que foram apanhados, Pedro vai para o Reformatório, onde é duramente castigado e Dora vai para o orfanato. O grupo se une e liberta os dois. Entretanto, Dora fica muito doente e vive poucos dias. Antes de morrer, ela e Pedro conseguem consumar o amor dos dois. Pedro imagina então que ela transforma-se em uma estrela.
Depois disso, cada um segue a própria vida. Padre José Pedro ganha uma capela e “Pirulito” vai com ele, pois quer ser religioso. “Sem-Pernas” morre ao fugir da polícia. “Volta-Seca” vai atrás do bando de Lampião e torna-se um cangaceiro sanguinário. É preso e condenado por mais de trinta e cinco mortes. “Gato” vai com a prostituta Dalva para Ilhéus, cidade do sul da Bahia. “Boa-Vida” passa a viver em farras, amando cada vez mais a sua terra, Bahia. Professor vai para o Rio de Janeiro e torna-se um pintor. Os demais Capitães da Areia envolveram-se em greves e lutaram a favor do povo. Pedro Bala vai embora a pedido de Alberto, um estudante, para organizar os índios maloqueiros de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Barandão é o novo líder dos Capitães.
Anos depois, Pedro Bala transforma-se em um ícone da luta do povo e todos clamavam por ele.
Lécia Conceição de Freitas

segunda-feira, 16 de março de 2020

O PAPEL DA ESCOLA NA EDIFICAÇÃO DO SUJEITO


Constitui-se preponderante o papel da escola na edificação do sujeito, com grande responsabilidade no processo educativo.
A educação acha-se incluída entre os fatores culturais de um povo, permanecendo subordinada às relações de poder vigente. É reconhecido que a classe dominante determina o tipo de educação que se pretende para a nação. Então, o indivíduo que não se enquadra nos requisitos culturais previamente estabelecidos será considerado sem cultura, sofrendo de “carência” ou “privação” cultural  sendo, portanto, marginalizado.
Por definição todo grupo social tem um tipo qualquer de produção cultural, não existindo nenhum com ausência de bens culturais.  O que  na verdade acontece são as marcantes diferenças, não respeitadas pelas metodologias e instrumentos de ensino. A privação cultural seria então um atributo artificialmente estabelecido, mas que se constituirá uma barreira social. A consequência mis direta, frente às desigualdades, será a incapacidade dos jovens de definirem projetos de vida viáveis, condizentes não só com as aspirações, mas também com a possibilidade de realização.
Conclui-se, então, que a escola pode educar e construir, mas, igualmente, pode marginalizar e destruir, favorecendo a instalação de risco.
Uma das grandes questões vinculadas à escola tem a ver com a evasão e com o fracasso escolar.  Entre as causas sociológicas do fracasso escolar são apontadas as restrições impostas pelas condições sociais, econômicas, geográficas e culturais, que favorecem a pobreza.
Existem desvantagens reconhecidas nas classes menos favorecidas para o desenvolvimento de aptidões intelectuais, pela diferença de valores que envolvem diretamente a escola. Entre elas destaca-se a dificuldade de linguagem, principalmente para as minorias étnicas, que devem se adaptar ao uso de uma língua na qual não aprenderam a se expressar ou mesmo a pensar.
Problemas relacionados ao atraso escolar frequentemente ligados à evasão escolar, podem  ser pensados sobre o ponto de vista de dano imediato ou mediato. O imediato se liga à interrupção do aprendizado, enquanto o mediato leva à impossibilidade futura  de participação plena na sociedade e perpetuação dos ciclos de pobreza e fome, com projetos medíocres ou inexistentes.
As causas psicológicas, que não estão obrigatoriamente relacionadas com as condições socioeconômicas, também são consideradas fatores de risco, como a instabilidade familiar, a desestruturação que trazem consigo, a insegurança, o não pertencer, tanto para crianças quanto para adolescentes. Deve-se ter presente que a aprendizagem tem caráter gradual acumulativo, podendo os agravos surgidos em qualquer momento da vida comprometer o processo a partir daquele ponto ou até mesmo definitivamente.

Lécia Freitas