A Serenata
Adélia Prado
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
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