Lentamente os passarinhos estão voltando. Eu os ouço acima da tormenta. Trazem na palheta variedade de cores a tingir meu riso, temeroso ainda. Perdoem-me o caminhar vacilante. Se não embarco logo neste trem azul. É que a pancada foi forte e não há como negar os destroços. Carregou viço e deixou opaco um mundo inteiro. Perdoem-me...ainda mais os inocentes! Vai ser preciso uma passarinhada a compor uma nova orquestra. Vai ser preciso uma aquarela inteira a desenhar na alma um novo sonho.
terça-feira, 21 de março de 2017
segunda-feira, 20 de março de 2017
In Memorian
Não ter mãe é ser solto no mundo, é não ter raízes, é não ter para onde voltar. É não ter ninguém acima, alguém que cuide de si. É quase não ter uma história, porque algumas coisas somente uma mãe pode contar. A minha história começa aonde a minha memória alcança. Pratrasmente não existe. Não foi enterrado com minha mãe porque ela também não viveu. Ficou no limbo. A minha responsabilidade pela vida sempre existiu, obrigatoriamente.
As cores do meu dia
Meu dia está lindo e eu tenho um monte de coisas para realizar, e textos para escrever. Não venha com seu cinza destonificar minhas cores. Não venha com seu verbo destoante esvaziar o poema de uma vida inteira.
Vá acompanhar com seu fito a gota d'água que segue no rio da vida que está passando a sua frente.
Leitura de um amor
Sou grata porque aprendi a ler livros. Assim, eu aprendi a ler o mundo e tudo o que ele encerra. Todavia, eu queria também, com dedos suaves, ler o amor e todos os seus mistérios. Eu queria, num dia qualquer, quedar-me diante do meu amor e com minhas mãos ler o seu corpo. Ir muito além do óbvio (que também faz parte). E que depois de tudo, meu amor visse como eu posso ser simples.
Dor sem fim
As coisas e pessoas estão em seus lugares cumprindo seus papéis pré-determinados. E espera-se que haja felicidade. Ou pelo menos que tudo esteja tranquilo. Mas não é o que acontece. Nunca mais haverá salas azuis. Não depois de se provar outras cores. Depois de viver outros gostos e cheiros. Haverá, para sempre agora, um vácuo que nada irá satisfazer. Como um buraco deixado por um punhal. E não há erva, não há unguento, que alivie a dor que ele causa.
É preciso coragem
A vida é uma festa! Mas nunca me convidaram. Então, a própria vida me ensinou a ter coragem. E eu resolvi entrar. De penetra mesmo!
Lecia Freitas
Lecia Freitas
Pra toda vida
E se disserem que o meu amor vai acabar com o tempo, eu informo que o tempo não existe!
Lécia Freitas
Lécia Freitas
Pior que a morte
Não há morte pior do que a que causamos a nós mesmos. Porque o amor é vida e quando temos que matá-lo em nós morremos duas vezes. A sobrevida que vem depois da morte de um amor é pior que a própria morte
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