Lecia Freitas
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Assim.como em Neruda, o meu mar também bate na pedra tentando vencê-la. Todos os dias, meio a tempestades, ou calmarias, vem com força e determinacão lamber-lhe o contorno na tentativa de uma fraqueza na inexpugnável resistência ao que tenho de mais humano: o sonho. Entre os beijos das ondas está a certeza de que faço o que tem que ser feito, ainda que seja vão. Não perco meu tempo, é a minha verdade.
Lecia Freitas
Lecia Freitas
"Os passarinhos enfeitam os jardins e as florestas" e tambem meu quintal e a minha vida. Nessa manhã de chuva fria eles estão por aqui e cantam, lembrando-me que é possível, sim, um pouco de felicidade. Apesar do preço da gasolina, do bonner, do amor que não existiu, e da carência de meias nos meus pés frios.
Lecia Freitas
Lecia Freitas
Não é verdade que o tempo não para. Ele para, sim. Dolorosamente. Entretanto, enquanto tudo ao redor continua a sua dança, o interno se corrói. Não pelo tempo, mas pela ausência dele, que não permite a renovação das coisas, e dos sentimentos. Nesse estado de coisas, tudo volta ao inverso, até o princípio, de forma surreal, mas necessária. E para retornar ao lógico, a estrada deve ser solitária, ainda que íngreme. Não ofereça ajuda, nesses casos. A percepção da vida deve partir apenas de quem a perdeu. Mas é motivo de gratidão, alguém com um arco-iris esperando.
Lécia Freitas
Lécia Freitas
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