quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ao amor...

Passagem
De vez em quando a chuva cai molhando o solo
E em nós nasce um rio onde as histórias deságuam em etapas
Quando as alegrias seduzem o leito, o olhar se divide em dois
Invocamos a lucidez de ler o próprio destino, nas manhãs serenas
Ao impelir no céu da boca o sabor amargo
Surgirão mãos a oferecerem o mascavo discernir das ações
E deverá germinar em nós arrepios musicais
Proteção dos anjos a abolir as nossas queixas
Ao amor cante baixinho, pois poderá despertar olhares curiosos
E deixe o coração ser colo, ninho
Permita-se renovar a cada primavera
Ao ser mais uma vez flor, memórias felizes surgirão desde a raiz
A cada amanhecer sinta o vento alvoroçar o âmago de seu ser
Encontre as partes cálidas da alma
Assim saberá o quanto se coloriu
E quanto deixou de se colorir.

Ana Angélica



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