É certo que fui muito mulher na minha luta pela vida. Fui muito mulher quando trouxe à vida meus quatro filhos. Sou muito mulher quando me deixo de lado para colocá-los em primeiro lugar. Sou muito mulher quando junto minha voz à de milhões por respeito, por um mundo melhor. No entanto, muito mais mulher sou quando me dispo de todas elas, e ternamente, tenho em meus braços o meu amor.
Lecia Freitas
sexta-feira, 19 de abril de 2019
Não sei se te amaldiçoo ou se te peço perdão, mas a saudade hoje está tão grande que me embota! E eu tentei, juro que tentei! Ouvi os solos do Gilmour e revi fotos buscando o verbo mais significativo. Mas a saudade tão grande e essa dor que me consome... não fui capaz de escrever um poema, nem um verso! Fico te devendo... hoje só tenho esse amor, escorrendo de tanto...
Lécia Freitas
Lécia Freitas
Ser louco é aceitar a metáfora que a vida nos oferece, é acreditar em coisas que no real não existem. É difícil competir com a realidade. Isso quer dizer que, às vezes, temos que mentir. Podemos dizer que mentimos para viver, para ser feliz, para sobreviver. Para suportar, mentimos a nós mesmos. A nossa mentira de cada dia.
Lécia Freitas
Lécia Freitas
Se encontrar um batom vermelho em uma boca já enrugada, não julgue. Se encontrar um riso em um coração já murcho pelo tempo e uma transparência fora de época, não caçoe. Se encontrar uma mulher vestida espalhafatosamente não ria: você não sabe que sonho ela deseja encantar. Você não sabe aonde ficou a alegria escondida. Porque para algumas pessoas a vida só acontece no fim, fora do tempo e do lugar. E se alguém lhe parece fora dos seus padrões, ainda assim, não aponte o dedo. Porque se seu julgamento for injusto, impiedoso, cruel, e a pessoa não suportar e cometer um desatino o culpado será você.
E por que digo isso, coisa tão sem propósito, dirão alguns. Porque pode acontecer “affs” embolorados diante de uma alegria que se avizinha. Porque a juventude pode acontecer em coração outrora já sem ritmo, sem batuque. A mocidade pode acontecer onde não mais seda, nem brilho, nem curvas.
Houve um tempo que eu deixei de ser mulher e renegava toda a doçura. Ser mulher naquele momento era admitir uma incapacidade, um desamor sem tamanho. Era reconhecer a vergonha pelo abandono e a dor que ele causa. A rejeição, ainda que de alguém menor. Era mostrar ao mundo a imparidade em todas as situações da vida e a solidão mais amarga, principalmente nas madrugadas. Seja aquelas chuvosas com o vento batendo na janela, seja aquelas que a lua invadia o espaço enorme, que de grande não tinha nada. Tão somente em meu coração, e no lado de um mísero catre. E assim, aboli qualquer renda, todos os babados, os cheiros que sempre gostei e aquele batom vermelho. Privei-me de carinhos, mesmo o solitário.O riso truncou-se, arrepios somente do frio do inverno que eu teimava em não sentir para esquecer que tinha pele. Os cabelos sempre puxados pra trás, amarrados evitando qualquer resquício de feminilidade. Eu negava ser mulher e assim por recusar uma condição deixei também de ser uma pessoa. Por anos, deixei de existir.
Coração humano, porém, é campo fértil. E a poesia que escondi, que neguei, sempre aflorava por motivos os mais absurdos, os mais despropositados possíveis. Surgia, tomava conta, falava de um mundo que eu conhecia muito bem, que existia atrás da minha retina, dentro da mente, em volta da minha alma. A idealização de um amor desejado vai além de carinhos furtivos ou escancarados, concebidos ou não em vivência partilhada, demorada, ou tão ligeiro debaixo da escada, atrás do portão, onde for. Seja no concreto, real, ou imaginado. O amor querido sobrevive com a loucura do desejo de uma mensagem azul, um cheiro que vem no vento, com palavras doces vistas, não ouvidas. Com os sons tão maviosos oferecidos em ondas pelo espaço, com os beijos nunca sentidos de fato, e com os abraços percebidos apenas no tanto enorme entre dois braços que se erguem no vácuo.
Mas é preciso viver o real, antes que ele se acabe. É preciso acabar com a tristeza, com a solidão. É preciso ter coragem, sentir a vida em alguém de verdade que o tempo se aproxima velozmente. O tempo tem pressa. Mas quando? Onde me achar?
Encontro em um amor o que nunca fui. O que nunca tive. Tenho que aprender agora a dualidade do tempo. O que sou agora, e o que resgato em mim para viver esse tempo. É hora de ser feliz!
Lécia Freitas
E por que digo isso, coisa tão sem propósito, dirão alguns. Porque pode acontecer “affs” embolorados diante de uma alegria que se avizinha. Porque a juventude pode acontecer em coração outrora já sem ritmo, sem batuque. A mocidade pode acontecer onde não mais seda, nem brilho, nem curvas.
Houve um tempo que eu deixei de ser mulher e renegava toda a doçura. Ser mulher naquele momento era admitir uma incapacidade, um desamor sem tamanho. Era reconhecer a vergonha pelo abandono e a dor que ele causa. A rejeição, ainda que de alguém menor. Era mostrar ao mundo a imparidade em todas as situações da vida e a solidão mais amarga, principalmente nas madrugadas. Seja aquelas chuvosas com o vento batendo na janela, seja aquelas que a lua invadia o espaço enorme, que de grande não tinha nada. Tão somente em meu coração, e no lado de um mísero catre. E assim, aboli qualquer renda, todos os babados, os cheiros que sempre gostei e aquele batom vermelho. Privei-me de carinhos, mesmo o solitário.O riso truncou-se, arrepios somente do frio do inverno que eu teimava em não sentir para esquecer que tinha pele. Os cabelos sempre puxados pra trás, amarrados evitando qualquer resquício de feminilidade. Eu negava ser mulher e assim por recusar uma condição deixei também de ser uma pessoa. Por anos, deixei de existir.
Coração humano, porém, é campo fértil. E a poesia que escondi, que neguei, sempre aflorava por motivos os mais absurdos, os mais despropositados possíveis. Surgia, tomava conta, falava de um mundo que eu conhecia muito bem, que existia atrás da minha retina, dentro da mente, em volta da minha alma. A idealização de um amor desejado vai além de carinhos furtivos ou escancarados, concebidos ou não em vivência partilhada, demorada, ou tão ligeiro debaixo da escada, atrás do portão, onde for. Seja no concreto, real, ou imaginado. O amor querido sobrevive com a loucura do desejo de uma mensagem azul, um cheiro que vem no vento, com palavras doces vistas, não ouvidas. Com os sons tão maviosos oferecidos em ondas pelo espaço, com os beijos nunca sentidos de fato, e com os abraços percebidos apenas no tanto enorme entre dois braços que se erguem no vácuo.
Mas é preciso viver o real, antes que ele se acabe. É preciso acabar com a tristeza, com a solidão. É preciso ter coragem, sentir a vida em alguém de verdade que o tempo se aproxima velozmente. O tempo tem pressa. Mas quando? Onde me achar?
Encontro em um amor o que nunca fui. O que nunca tive. Tenho que aprender agora a dualidade do tempo. O que sou agora, e o que resgato em mim para viver esse tempo. É hora de ser feliz!
Lécia Freitas
O Bem e o Mal estão sempre em constante equilíbrio. Nunca se sobrepõem. Ao entrar em sintonia com um ou o outro, trazemos-los para nosso interior e consequentemente para nossa vida. Se não os tirarmos vamos refleti-los ao mundo e assim nosso mundo particular sofrerá as consequências, seja em fatos ou pessoas. Portanto, sintonize sempre com o melhor. Ao encontrar um ofensor, não retribua, talvez você tenha sido escolhido, qual Arimateia, a ajudá-lo, ainda que por um momento. E não pense que o semelhante merece o sofrimento. Todos estamos em um processo e você não sabe em que ponto está o seu. Seja misericordioso! Nunca se sinta superior por perceber essas coisas. Seja humilde e grato! Tenha em mente: a vida é um espelho em constantes voltas.
Lécia Freitas
Não ter mãe é ser solto no mundo, é não ter raízes, é não ter para onde voltar. É não ter ninguém acima, alguém que cuide de si. É quase não ter uma história, porque algumas coisas somente uma mãe pode contar. A minha história começa aonde a minha memória alcança. Pratrasmente não existe. Não foi enterrado com minha mãe porque ela também não viveu. Ficou no limbo. A minha reponsabilidade pela vida sempre existiu, obrigatoriamente.
Lecia Freitas
Lecia Freitas
Meu dia está lindo e eu tenho um monte de coisas para realizar, e textos para escrever. Não venha com seu cinza destonificar minhas cores. Não venha com seu verbo destoante esvaziar o poema de uma vida inteira.
Vá acompanhar com seu fito a gota d'água que segue no rio que está passando a sua frente.
Lecia Freitas
Vá acompanhar com seu fito a gota d'água que segue no rio que está passando a sua frente.
Lecia Freitas
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Lentamente os passarinhos estão voltando. Eu os ouço acima da tormenta. Trazem na palheta variedade de cores a tingir meu riso, temeroso ainda. Perdoem-me o caminhar vacilante. Se não embarco logo neste trem azul. É que a pancada foi forte e não há como negar os destroços. Carregou viço e deixou opaco um mundo inteiro. Perdoem-me...ainda mais os inocentes! Vai ser preciso uma passarinhada a compor uma nova orquestra. Vai ser preciso uma aquarela inteira a desenhar na alma um novo sonho.
Lecia Freitas
Lecia Freitas
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Há amores que vivemos que nada apaga. Ficam dentro de nós tão entranhados que passam a fazer parte dos tecidos, dos orgãos, até que não conseguimos mais separar. Vão nos acompanhar por toda vida. E volta e meia quando algum sentido é acionado, movido pelas circunstâncias do dia a dia, alguma coisa nos faz viver de novo toda aquela emoção. É quando paramos no meio do tempo surpresos diante da força deste sentimento que não arrefece, que nos domina, que, querendo ou não, nos transborda!
Lecia Freitas
Lecia Freitas
De todas as viagens, a que fazemos para dentro de nós mesmos é a mais demorada. A maioria não empreende, alguns por medo, outros por incapacidade. No entanto, essa deveria ser a mais esperada, visto que a mais significativa. A visão do que somos, realmente, deveria ser uma busca para uma possível evolução. Muitos preferem continuar na propria miserabilidade : por comodismo, por se identificarem na propria essência !
Lécia Freitas
Lécia Freitas
O passado ficou lá atrás. Mas as lembranças vêm feito umas imagens que ficam na nossa frente. E tolhem a visão. E prendem os braços, os passos. E a gente fica prisioneiro num redemoinho que nos leva a outro tempo, outro lugar. E então a gente sofre porque quer ficar ali...ali...e não pode. É preciso voltar ao real, inteiro, mas isso é uma dor...
Lécia Freitas
Lécia Freitas
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