De acordo com os estudos realizados,
a análise crítica de Castells sobre as hipóteses, desconstrói o negativismo
existente nas teorias pós- industrialismo a respeito das oportunidades de
trabalho existentes no mercado. O autor
analisa as teorias sobre as mudanças que vão ocorrer nas atividades de trabalho
existentes na era informacional, em que é afirmada a diminuição das vagas de
emprego oferecidas nas indústrias no setor de produção e o fim do emprego
rural. Dessa forma a maior oferta de empregos seria na prestação de serviços,
nas sociedades mais avançadas.
O que se pode observar que a
sociedade realmente se transforma devido a chamada “era digital”. A importância
de profissões com grande conteúdo de informação e conhecimentos como as
administrativas, e técnicas
especializadas crescem, não só no Brasil e há um interesse da população
devido às compensações salariais. Não se acredita, no entanto no declínio das
atividades rurais. Com o aumento populacional a produção de alimentos também
deve aumentar. Embora cada vez mais as novas tecnologias estejam presentes nesse tipo de atividade, o que requer
especialização e conhecimentos, é
necessária uma mão de obra que não pode ser substituída por máquinas. Não se
imagina uma produção em massa de alimentos sintéticos. O que se vê nos
informativos a respeito é o aprimoramento desses empregos, em que está sendo
exigida uma capacitação do empregado. Nesse caso, melhoram as compensações o
que tem ocasionado uma qualidade de vida cada vez melhor ao homem do campo, traduzida
em aquisição de bens, favorecendo a indústria.
Os produtores rurais, de pequeno
e médio porte, sem grandes perspectivas financeiras vão continuar, apesar de
toda a intricada rede de informação e dos prognósticos da teoria, a utilizar a
mão de obra humana em suas atividades. E
eles são muitos, não só aqui no Brasil como também em outros países de todas as
partes do mundo.
Mesmo em sociedades mais avançadas
como no Japão, em alguns países europeus e outros que emergem, esses
diagnósticos devem ser olhados com cautela. Com a globalização o que se tem
visto nos noticiários é uma retração da economia, de diversos países,
ocasionada por vários fatores, como os acontecimentos ocorridos na China por
exemplo. A reestabilização, e consequente avanço, da economia é um processo
lento. No Brasil devido a fatores como a forte
crise política, econômica e social, que tem ocasionado uma estagnação em
todos os setores, ocorre uma desindustrialização. Contudo, o que se espera, é
que haja uma reação tanto do Governo quanto da sociedade, e que o país volte a
crescer. Os programas sociais do governo brasileiro têm favorecido às famílias
de baixa renda a possibilidade de adquirir bens de consumo pela primeira vez.
Isso aquece a indústria e o comércio e garante o mercado de trabalho.
Acredita-se que de acordo com os
avanços das sociedades, as atividades relacionadas ao conhecimento e
informação, cada vez mais, irão adquirir importância. A prestação de serviços,
também deve se evoluir numa dinâmica
cada vez mais sofisticada, isso nos grandes centros. Mas nem toda a população
mundial vive nas grandes cidades. As
cidades de pequeno e médio porte, com suas pequenas indústrias, não devem ser desconsideradas na sua oferta
de empregos. Observando que, devido aos enormes problemas enfrentados pela
população no dia a dia das grandes cidades, muitos estão fazendo o caminho de
volta.
De acordo com o texto para aporte e
pela argumentação de Castells, no processo de transformação do mercado não
desaparece nenhuma categoria importante de serviço. O que ocorre é uma
diversidade cada vez maior de atividades e o surgimento de um conjunto de
conexões entre as diferentes atividades que torna obsoleta as categorias de
emprego. No entanto, essa situação sempre aconteceu ao longo do desenvolvimento
da humanidade, em que algumas categorias de emprego foram substituídas por
outras, não ocorrendo somente agora com o aumento das atividades ligadas à informação e à
prestação de serviços.
Lécia Freitas
Lécia Freitas
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