A correlação entre os pontos
resume-se no fato de que as organizações atuais se concentram em princípios
ético apenas elementares quando deveriam se apoiar nos princípios universais
dos direitos humanos, aplicadas também à ética econômica, e que a comunicação
deste, com outros setores da sociedade,
é elemento fundamental, no
sentido de articular ações, objetivando o bem comum.
Os princípios éticos são as normas
de conduta do ser humano e se referem aos direitos universais e respeito e valorização da vida. Nesse caso,
quando se fala em vida, refere-se a qualquer tipo de vida, ou seja, não apenas
à vida humana, mas toda a vida do planeta. Isso quer dizer, no caso da ética
empresarial, as empresas devem assumir uma política objetivando o bem
comum, com um desenvolvimento
sustentável, e socialmente responsável.
Uma vez que toda ação humana, explora ou interfere no meio ambiente, as
empresas, em suas atividades, em média ou larga escala, e adotando os princípios
éticos de respeito e valorização da vida, devem assumir compromisso de
minimizar essas atividades ou compensá-las de forma a amenizar os efeitos
prejudiciais ao meio ambiente, e consequentemente a todos.
Segundo os estudiosos citados, as empresas
estão seguindo apenas os princípios ético elementares o que leva a supor que
assumem condutas, apenas as necessárias para se manter no mercado. Nesse caso,
questiona-se a existência de mecanismos capazes de “conscientizar” essas
empresas, do caráter imperioso de se tomar medidas que vão além do elementar.
Considera-se que organizações civis,
inclusive internacionais e o poder público devem adotar medidas severas no
sentido de penalizar empresas que não adotem uma conduta condizente com a ética
econômica.
Em recente notícia veiculada no site da Revista Exame, foi propogado que o Banco
do Brasil e a Natura, empresa de cosméticos, figuram na lista das
empresas mais éticas do mundo, no ano de 2014, elaborada pelo instituto de
pesquisa Ethisphere. Este é o oitavo ano em que a listagem, não se
tratando de um ranking, é divulgada.
Ao todo, foram reunidas 144 companhias de 41 segmentos, em 21 países. É um
motivo de orgulho para nós, brasileiros, não sendo maior por, entre tantas,
apenas duas se destacam. É a quinta vez que a empresa Natura entra na lista. As
questões que permitem identificar o desempenho da empresa levam em conta os
programa de ética e compliance das
empresas (com
peso de 20%); sua reputação, liderança e inovação (20%); governança corporativa
(10%); responsabilidade social (25%) e sua cultura de ética (20%).
Em contrapartida, numa época em que
a comunicação se caracteriza pela velocidade da informação e poder de
penetração, tornam-se de conhecimento público, casos de corrupção, como os denunciados recentemente, conhecido
como “Lava-jato”, envolvendo empresários,
donos de empresas fortes no mercado, que subornaram funcionários da empresa
Petrobrás, em troca de favorecimentos. Ainda assim, acredita-se que muito do
que foi feito será encoberto e muitos envolvidos não serão penalizados, devido
à própria influência e alto poder aquisitivo. Isso leva à suspeita da
existência da corrupção em setores do poder público. Esse fato, devido à enorme
proporção que adquiriu, e ao montante absurdo dos valores monetários, quantias
que o cidadão comum tem dificuldade de imaginar, tem prejudicado o país de uma
forma nunca antes ocorrida. A prática da corrupção, no Brasil, remonta ao
período da colonização, segundo historiadores, porém nunca se teve notícia de
um atos que estão sendo denunciados agora,e que causassem tanto prejuízo, ao país e aos
brasileiros, em favor do enriquecimento
de outros.
Lécia Freitas
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