segunda-feira, 1 de maio de 2017

Que me perdoem os insensíveis, os que trazem a alma lisa sem nenhuma ruga de dor de saudade Os que se apresentam com o olhar duro ante as coisas pequenas e não percebem os despropósitos da vida: a formiga que ama a roseira. Os que oferecem apenas o vinco na boca e não mostram os dentes legitimando o inusitado: o vento que rodopia convidando as folhas secas e o pó ao bailado último. Que me perdoem os ínfimos de coração que mergulham sem criar ondas. Que me perdoem os céticos, mas a poesia é essencial.
Lecia Freitas




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