Precisamos do outro. Estamos sempre precisando do outro. Podemos viver sozinhos, mas estaremos sempre incompletos. Quando optamos por viver sozinhos frequentemente beiramos à instabilidade emocional. Porque somos gregários. Facilmente comprovável, embora não admitamos. Isso também corrobora nossa empáfia. São verdades. E negamos o outro por ignorância, por desconhecer sua importância em nós e da sua capacidade em nos acrescentar. E, principalmente, por soberba. Porque acreditamos que somos autossuficientes. Que somos melhores. É verdade que muitas vezes detemos coisas e sentimentos além do que o outro. Nesse caso, é porque, de alguma forma, fomos privilegiados. A própria capacidade de correr atrás de sonhos e realizações é uma dádiva. E se a vida nos dá a mais é porque fomos designados a repartir, a compartilhar. Por um momento, muito breve, somos detentores, nunca possuidores. É preciso abrir os olhos, as mãos, e a alma.
Lécia Freitas
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