PLURALISMO
E SECULARISMO
Pode-se
afirmar que a sociedade moderna é marcada pelo pluralismo em diversos campos o
que deve caracterizar nossa era como tolerante e de boa vontade. A capacidade
de aceitação do outro com suas particularidades extrapola princípios religiosos
e alcança patamares entendidos como
níveis de caráter, e de pessoas
esclarecidas. Pessoas que conseguem se relacionar ou pelo menos aceitar as
diferenças de qualquer natureza, nas diferentes culturas existentes e cada vez
mais conhecidas, são vistas como pessoas inteligentes e de boa índole. Segundo Rawls essa situação é o resultado de uma
sociedade livre, cujos cidadãos exercitam sua razão em uma democracia liberal O
resultado disso é a liberdade humana e uma sociedade mais justa.
De
acordo com essa situação descrita por Ralws pode-se afirmar que a sociedade
caminha para uma secularização. O domínio religioso único exercido na sociedade
nunca foi benéfico, porque limitava a
criatividade humana, a liberdade e a expansão da própria Ciência.
Nesse sentido, o pluralismo trouxe a
liberdade em todos os âmbitos e o
crescimento da própria consciência. Contudo, se antes a sociedade se agregava em torno de algo, ou
seja a religião, que agora se fragmenta
em verdades individuais a humanidade corre o risco de buscar essa união em
torno de falsas verdades. Em seu discurso Habermas, filosofo alemão, sugere que
entre o laicismo e o fundamentalismo, seria interessante uma terceira via em
que houvesse um entendimento e uma aprendizagem recíproca entre os dois lados.
Os
excessos cometidos pelo fundamentalismo religioso leva Habermas, e outras
pessoas, a se voltarem para o laicismo. No entanto, para ele a exclusão da
religiosidade pode “privar a sociedade da fundamentação do sentido e das
identidades”. Essa questão mostra que o melhor caminho é o reconhecimento de
que a sociedade deve buscar bases comuns
e diálogos para o respeito mutuo e a convivência pacífica e inclusiva.
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