sábado, 10 de fevereiro de 2018

PLURALISMO E SECULARISMO
            Pode-se afirmar que a sociedade moderna é marcada pelo pluralismo em diversos campos o que deve caracterizar nossa era como tolerante e de boa vontade. A capacidade de aceitação do outro com suas particularidades extrapola princípios religiosos e alcança patamares entendidos  como níveis   de caráter, e de pessoas esclarecidas. Pessoas que conseguem se relacionar ou pelo menos aceitar as diferenças de qualquer natureza, nas diferentes culturas existentes e cada vez mais conhecidas, são vistas como pessoas inteligentes e de boa índole. Segundo  Rawls essa situação é o resultado de uma sociedade livre, cujos cidadãos exercitam sua razão em uma democracia liberal O resultado disso é a liberdade humana e uma sociedade mais justa.
            De acordo com essa situação descrita por Ralws pode-se afirmar que a sociedade caminha para uma secularização. O domínio religioso único exercido na sociedade nunca foi benéfico, porque limitava a  criatividade humana, a liberdade e a expansão da própria Ciência.
Nesse sentido, o pluralismo trouxe a liberdade em todos os  âmbitos e o crescimento da própria consciência. Contudo, se antes  a sociedade se agregava em torno de algo, ou seja a religião,   que agora se fragmenta em verdades individuais a humanidade corre o risco de buscar essa união em torno de falsas verdades. Em seu discurso Habermas, filosofo alemão, sugere que entre o laicismo e o fundamentalismo, seria interessante uma terceira via em que houvesse um entendimento e uma aprendizagem recíproca entre os dois lados.
            Os excessos cometidos pelo fundamentalismo religioso leva Habermas, e outras pessoas,  a se voltarem para  o laicismo. No entanto, para ele a exclusão da religiosidade pode “privar a sociedade da fundamentação do sentido e das identidades”. Essa questão mostra que o melhor caminho é o reconhecimento de que  a sociedade deve buscar bases comuns e diálogos para o respeito mutuo e a convivência pacífica e inclusiva.




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