A sociedade brasileira sempre foi
marcada pela desigualdade social. Essa situação foi perpetrada pelo
colonialismo europeu quando a elite impôs um
modelo econômico e social de dominação. O longo período de escravidão do
povo africano consolidou essa situação. O povo brasileiro descendente do
africano herdou essa situação e o estigma
da submissão. Durante séculos a elite dominante ficou mais rica e
poderosa explorando os mais pobres que ficaram mais pobres, aprofundando a desigualdade.
Em algum momento histórico, homens
que conseguiram perceber essa relação e possibilidades de mudanças tentaram
alterar o quadro de miséria e abandono em que muitos brasileiros se encontravam.
Acreditavam que bastava um aumento do poder aquisitivo para que as
transformações acontecessem. Porém, a elite dominante, além de rica é muito
poderosa e todas as tentativas foram eliminadas. Muitas delas por meio da
violência. E assim, na História ficou marcada, mas nem todas reveladas, as
vidas que foram sacrificadas pelo anseio de liberdade e dignidade próprias da
condição humana e que eram negadas aos filhos pobres e sem berço deste país.
Muito tempo se passou, e muitas
ideias de igualdade social e econômica morreram no nascedouro, sufocadas por
uma classe de pessoas que acreditam na própria superioridade advindas de um
coronelismo secular, de privilégios barganhados a custa de suor alheio, da
vergonha nacional de se saber impotente diante de tanta falta de caráter. O
escárnio das classes mais abastadas diante da miséria do restante da nação dói
mais que a própria dor de se sentir
excluído, na terra que é sua por direito, porque é você que a constrói. A arrogância e prepotência de quem possui um alto
poder aquisitivo, no Brasil, se
traduzem na concepção de que os menos
favorecidos, não têm direito aos mesmos
produtos de consumo que eles, ou espaço social, ou lazer, ou educação.
Nos últimos anos, com a ascensão de um partido da esquerda ao
poder, esse modelo social e econômico começou a mudar com as novas políticas
sociais de um nordestino, migrante, pobre e analfabeto. Foram muitas as mudanças, que possibilitaram às
classes mais pobres o acesso ao bens de consumo, lazer e principalmente à
educação. Houve uma mudança significativa, para melhor, na qualidade de vida
dessas pessoas. A análise do gráfico
apresentado comprova um aumento gradual do salário durante esse governo, até o
ano de 2014.
Essas transformações, de acordo com a
realidade do país, não estão agradando à elite. As manifestações de ódio e
desprezo dos mais ricos àqueles que hoje já não são subjugados, são absurdas e
inaceitáveis dentro do conceito do que é ser humano. Com certeza há muitos
poderosos perdendo com essas mudanças e, portanto, combatem a distribuição de
renda proposta por esse governo. Em
razão disso, a elite, representada por vários setores, inclusive na imprensa, vem
combatendo sistematicamente a legitimidade desse governo, aliada a políticos de
partidos contrários, que detêm o poder. Dessa forma, Instituições Nacionais que
deveriam representar o povo brasileiro têm se transformado em motivos de
chacotas e de vergonha, o que leva a um estado de instabilidade sem precedentes
na história.
Muitas pessoas, de todos os setores
da sociedade, têm se manifestado contra esse estado de coisas na tentativa de
manter o estado democrático brasileiro, com todos os benefícios que ele
representa, em direitos sociais do povo, para o povo. Um retrocesso seria
desastroso para a economia e poderia significar a perda da dignidade, tão
arduamente conquistada, da classe mais pobre do Brasil.
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