A relação das políticas públicas de
trabalho e emprego e a atuação de desenvolvimento de empreendimentos de
cooperativismo e associativismo podem
ser vistas como uma tentativa do governo de dinamizar campos econômicos vazios
e/ou estagnados e que podem representar um papel significativo na
economia, no desenvolvimento do país e
na vida das pessoas que passam a ter uma nova perspectiva de vida.
Com a crise existente no Brasil em
meados da década de 80 e a fatores como a alteração na estrutura derivada da
própria crise, e dos avanços tecnológicos, o emprego no setor terciário passou
a predominar trazendo como característica a deterioração das condições de
trabalho. Esse quadro favoreceu o surgimento de grupos que buscavam um caminho
capaz de reintegrá-los ao contexto social, além de garantir-lhes a sobrevivência,
através de um novo campo econômico.
Existem, hoje, no Brasil, milhares
de cooperativas, que vão desde os catadores de material reciclável até os
empregados de grandes empresas que assumiram a massa falida dando origem a
cooperativas autogestionárias.
Além da progressiva distribuição da riqueza produzida o que dinamiza o
desenvolvimento econômico, é importante destacar, do ponto de vista social que
ao se engajar em uma cooperativa, e por meio de seu trabalho, o indivíduo pode
consolidar a própria emancipação, o alcance à cidadania. Diante da
necessidade de aquisição de conhecimentos, uma vez que o cooperado precisa
entender os processos produtivos e de mercado, as pessoas passam a ter consciência de suas possibilidades e direitos
e uma nova visão de futuro. A economia solidária então passa a cumprir um papel
fundamental que é o de favorecer a redução das desigualdades sociais desse país
por meio da aquisição da consciência política necessária ao protagonismo que
ela proporciona.
Casos de experiências exitosas em
que encadeiam as atividades se articulam desde a produção, passando pelo
beneficiamento até comercialização e que
apresentam mobilização social, contribuindo para o desenvolvimento integral, de
regiões com vazio econômico, incentivaram não só investimentos de organizações
mas também do governo federal que a partir das demandas do próprio segmento
começa a implementar políticas em prol
do seu desenvolvimento. Com o aumento do número dessas organizações e o sucesso
alcançado, contribuindo para a geração de renda e consequente desenvolvimento
econômico e social das famílias e mesmo da região, o governo cria medidas e a
economia solidária, com é chamada passa a contar com recursos próprios consolidando o segmento.
Torna-se necessário, entretanto, que o governo, tanto federal, estadual e
municipal, crie medidas, no sentido de instruir e capacitar os trabalhadores a
sustentar os diálogos de nível técnico e político, sobre como gerenciar as
cooperativas, as tomadas de decisões, em todos os âmbitos de seu negócio, e capaz
de protegê-los de possíveis interferências nefastas e enganosas.
Para a elaboração desse trabalho, utilizou-se para estudo, dois textos
citados abaixo e devidamente referenciados.
MANCE, Euclides André. Políticas
Públicas de Fomento ao Cooperativismo.
México, DF. 2007. Disponível em:
Acesso em 27 out. 2015.
PAMPLONA, Leonardo. Políticas públicas de geração de trabalho
e renda: o desafio da atuação do BNDES na economia solidária. Disponível
em:
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