sexta-feira, 21 de junho de 2019

ÉTICA EMPRESARIAL




            A correlação entre os pontos resume-se no fato de que as organizações atuais se concentram em princípios éticos apenas elementares quando deveriam se apoiar nos princípios universais dos direitos humanos, aplicadas também à ética econômica, e que a comunicação deste, com outros setores da sociedade,  é elemento fundamental,  no sentido de articular ações, objetivando o bem comum.
            Os princípios éticos são as normas de conduta do ser humano e se referem aos direitos universais e  respeito e valorização da vida. Nesse caso, quando se fala em vida, refere-se a qualquer tipo de vida, ou seja, não apenas à vida humana, mas toda a vida no planeta. Isso quer dizer, no caso da ética empresarial, que as empresas devem assumir uma política objetivando o bem comum,  com um desenvolvimento sustentável,  e socialmente responsável. Uma vez que toda ação humana, explora ou interfere no meio ambiente, as empresas, em suas atividades, em média ou larga escala, e adotando os princípios éticos de respeito e valorização da vida, devem assumir compromisso de minimizar essas atividades ou compensá-las de forma a amenizar os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, e consequentemente a todos.
             Segundo os estudiosos citados no texto acima, as empresas estão seguindo apenas os princípios éticos elementares o que leva a supor que assumem condutas, apenas as necessárias para se manter no mercado. Nesse caso, questiona-se a existência de mecanismos capazes de “conscientizar” essas empresas, do caráter imperioso de se tomar medidas que vão além do elementar.
            Considera-se que organizações civis, inclusive internacionais e o poder público devem adotar medidas severas no sentido de penalizar empresas que não adotem uma conduta condizente com a ética econômica.
            Em recente notícia veiculada no site da Revista Exame, em texto de Luísa Melo,  foi propagado que o Banco do Brasil e a Natura, empresa de cosméticos, figuram  na lista  das empresas mais éticas do mundo, no ano de 2014, elaborada pelo instituto de pesquisa Ethisphere. Este é o oitavo ano em que a listagem, não se tratando de um ranking, é divulgada. Ao todo, foram reunidas 144 companhias de 41 segmentos, em 21 países. É um motivo de orgulho para nós, brasileiros, não sendo maior por, entre tantas, apenas duas se destacam. É a quinta vez que a empresa Natura entra na lista. As questões que permitem identificar o desempenho da empresa levam em conta os programa de ética e compliance das empresas (com peso de 20%); sua reputação, liderança e inovação (20%); governança corporativa (10%); responsabilidade social (25%) e sua cultura de ética (20%).  
            Em contrapartida, numa época em que a comunicação se caracteriza pela velocidade da informação e poder de penetração, tornam-se de conhecimento público, casos de corrupção,  como os denunciados recentemente, conhecido como “Operação Lava-jato”, envolvendo empresários,  donos de empresas fortes no mercado, que subornaram funcionários da empresa Petrobrás, em troca de favorecimentos. Ainda assim, acredita-se que muito do que foi feito será encoberto e muitos envolvidos não serão penalizados, devido à própria influência e alto poder aquisitivo. Isso leva à suspeita da existência da corrupção em setores do poder público. Esse fato, devido à enorme proporção que adquiriu, e ao montante absurdo dos valores monetários, quantias que o cidadão comum não consegue sequer  imaginar, tem prejudicado o país de uma forma nunca antes ocorrida. A prática da corrupção, no Brasil, remonta ao período da colonização, segundo historiadores, porém nunca se teve notícia de um ato desses como o “Lava-jato”, que causasse tanto prejuízo, ao país e aos brasileiros,  em favor do enriquecimento de outros.

MELO, Luísa. Natura e BB são únicas do Brasil entre as mais éticas. 2014.

 Disponível em:

Acesso em 27 out. 2015.


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