Sabemos que uma das funções da Educação é
promover a emancipação humana. Segundo Dourado no desenvolvimento das práticas
educacionais, precisamos ter em mente que os sujeitos dos processos educativos
são os homens e suas múltiplas e históricas necessidades. Considerando os
sujeitos históricos, o projeto de educação a ser desenvolvido nas nossas
escolas tem que estar pautado na realidade, visando a sua transformação, pois
se compreende que a realidade não é algo pronto e acabado. Não se trata, no
entanto, de atribuir à escola nenhuma função salvacionista, mas reconhecer seu
incontestável papel social no desenvolvimento de processos educativos, na
sistematização e socialização da cultura historicamente produzida pelos homens.
Sabemos que o conhecimento não é um produto
pronto e acabado, mas os saberes que se acumulando ao longo da humanidade. O que
nos leva a pensar que esses saberes
estão ao alcance de todos. Principalmente na atualidade com todas as
tecnologias, em que basta entrar na internet para se obter qualquer informação.
Todavia não é isso que acontece. Podemos imaginar também que se isso
acontecesse seríamos todos sábios. O que ocorre então? Por que alguns
indivíduos conseguem alcançar o conhecimento a ponto de se tornar o
protagonista de sua história e assim transformar a própria realidade e outros
não. Onde está a falha nesse processo? Estamos falando dos indivíduos que
frequentam a escola pelo tempo necessário.
Segundo o estudioso Vítor Henrique Paro é
preciso que o aluno queira aprender.
Torna-se então imprescindível a presença do
professor. É este profissional que vai nortear o aprendizado do aluno. É o
professor que vai com os meios que dispõe atrair, conquistar o aluno e fazer
com que ele reconheça a importância de todos esses saberes e de como eles vão
modificar a sua vida. Nesta empreitada as novas tecnologias são ferramentas importantes
no incremento de uma aula. Porém é preciso ter em mente que são apenas recursos a serem
utilizadas. As tecnologias em sala de aula devem ser usadas com moderação,
trazendo desvantagens quando empregadas em excesso. É fundamental que o
professor se conscientize disso. A utilização de um recurso tecnológico vai
realmente incrementar aula, mas absolutamente, não substitui a retórica bem
feita de um professor que domina o conteúdo. É o que se espera. Um conteúdo
apresentado em vídeo, data-show pode até chamar a atenção dos alunos, ser bem
explicado, mas não vai ter o alcance de
uma exposição acalorada, não vai ter o
acréscimo do ponto de vista do professor. E isso faz toda diferença. A interação dos sujeitos durante a
explanação de uma matéria vai ficar para
sempre na memória do aluno. Essa pode ser a maior desvantagem do uso das mídias
em sala de aula. A pretensão de substituir o professor. Além disso, em uma aula
expositiva, o aluno pode intervir, pedir explicações, realmente interagir. Com
isso ele vai, entre outras coisas, desenvolver a oralidade. Em uma conversa
durante uma aula expositiva, será possível o professor perceber dificuldades e
avanços do aprendiz.
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