CONTEÚDOS ESCOLARES: A QUEM
COMPETE A SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO?
O
texto da apostila apresenta que a seleção e organização dos conteúdos de
aprendizagem eram feitas de forma técnica até em meados da década de 1980 e
realizada pela escola. Na segunda metade dessa década, essa questão foi mudada
por educadores progressistas, que determinaram que a seleção e organização dos
conteúdos fossem uma tarefa somente do professor. A finalidade do estudo é
examinar as técnicas de didática daquela época, analisada por vários autores e
professores. Dessa forma, pretende-se auxiliar os futuros professores nessa
tarefa.
Pelo estudo do texto percebe-se que
existem diversas opiniões e teorias quanto a essa seleção e organização, no
entanto todas concordam com a importância desse ato, e priorizam que o contexto
histórico, psicológico, emocional e experiências anteriores do aluno, devem ser
observados para a escolha e ensino dos conteúdos. Para isso, o aprendizado foi
divido em etapas: abordagem da didática teórica, da didática prática e os
determinantes da dicotomia teoria/prática.
A
didática teórica apresenta a existência de teorias diferentes para cada tipo de
escola, e todas elas ressaltam a importância da tarefa de seleção e organização
dos conteúdos pelo professor e que ele é o único que detém o controle sobre o
processo e produto do seu trabalho.
A didática prática nos mostra em
contraposição à teórica, que na verdade a seleção dos conteúdos e organização é
feita pela escola, e ao professor é dado um plano curricular que deve ser
trabalhado ao longo de um período. Os professores, muitas vezes, não concordam
com essa seleção, pois os conteúdos são definidos nos critérios políticos,
disfarçados sob critérios técnicos. Esses estão fora da realidade dos alunos
e/ou, são informações sem necessidade, quando outros conteúdos mais importantes
não são trabalhados, por isso os professores adequam o ensino o mais próximo da
realidade e interesses dos alunos.
Os
determinantes da dicotomia teoria e prática, na formação do professor, nos
mostram que, na verdade, o professor vive no mundo capitalista e não tem nenhum
controle sobre sua profissão, ele apenas executa o que lhe é determinado. Nessa concepção é imprescindível
a seleção e organização dos conteúdos na perspectiva teórico-prática, como
forma de vivenciar e refletir e sistematizar o conteúdo definido.
Pode-se perceber nos últimos anos, o desejo
dos professores de modificar a prática docente, e como ponto de partida a
importância de tomar a prática social dos alunos como centro das reflexões no
tratamento de seleção e organização dos conteúdos.
Estudo apresentado sobre apostila da disciplina Didática, do curso de Magistério
Lécia Freitas
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